quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Badalos...

Nem sempre os badalos do sino tocam quem os ouve...
Principalmente quando se trata de sinos do pensamento...
Vida de metamorfoses é insustentável;
quem assim vive, sabe afirmar com veracidade...
Parecem palavras provenientes de um universo paralelo,
solto numa galáxia inexplicável...
Palavras que apenas cansaram de serem jogadas ao vento
ou lançadas a ouvidos impenetráveis estão sendo escritas...
Frutos de atitudes em que a reciprocidade chega a ser forçada,
pois a primeira vista não satisfaz em sua totalidade...
Sinceridade é uma virtude, a qual badala no coração,
quando realmente testifica o amor real, verdadeiro,
sem palavras, onde um beijo não é tudo,
mas sim, o palpitar do coração,
ou o frio na barriga, ou o calor das mãos juntas...
O amor verdadeiro é simples e livre;
não se incomoda com aparências, imagens...
Imagens que muitas vezes por fora são belas,
mas dentro cheiram mal e doem...
Talvez uma forma de expandir algum sentimento retraído,
seja ouvindo badalos e registrando-os em palavras cansadas...

Lívia Sampaio

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