sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Impalpável...

Eternidade solitariamente intocada.
Planos de voar em união não mais subsistem.
Não há certeza.
Mas ao apenas perceber ou temer,
se pode averiguar.
Incansáveis momentos magicamente ternos
não são eternos.
Passam e voltam de um lugar a outro.
Nada constroem.
É um piso insustentado em realidade.
Traz paixões e prazeres efêmeros.
Entremeio a isso, há alianças,
firmadas em ligações mutuamente necessárias.
Em meio a tudo, o chão;
aquele no qual se pisa sabendo que não será eterno,
tampouco fundamentado na utopiado que se sonha.
Depressivamente segue na corrente
a saudade das lembranças do que ainda está a acontecer,
mas se sabe que o seu término já está premeditado.
Este é o sentimento que aqui palpita.
E dói.

Lívia Sampaio

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