quinta-feira, 24 de maio de 2012

Espelho...

Quando o reflexo é o cansaço,
a incerteza oprime...
Ao ponto de pisar num bom sentimento que não me pertence...
Oprime ao pensar em um bom momento junto a se deliciar...
Oprime ao querer o que não se tem certeza se é o eterno amar...
Oprime ao ponto de ter medo de enfrentar o próprio coração...
Oprime ao se gostar e ter algo no lugar...
Oprime, simplesmente oprime...
Por dentro e por fora...
Trinca o vidro do coração intocado, inquebrável,
apenas trinca...
Não quebra, pois parece não haver essência...
A que um dia existiu, como dantes falei, se foi...
Ou não quebra porque a essência é mais forte do que a cobertura,
a qual mesmo quebrada mantém a estrutura...
O reflexo no futuro se torna incerto,
mas no presente se configura de forma extremamente atraente...
Ao ponto de tudo largar novamente...
Cabelos esvoaçantes,
Abraços aconchegantes,
Beijos surpreendentes...
É a configuração do reflexo incerto...
Só tenho a certeza do que se é,
mas jamais parece existir a certeza do duradouro,
parece apenas reflexo...
Do espelho de uma inconstante alma...

Lívia Sampaio

Nenhum comentário:

Postar um comentário